quarta-feira, 8 de setembro de 2010

1996

Hoje passei por lá. O mesmo prédio antigo que tem a pintura renovada todo ano,  como se ganhasse um terno novo. Na praça as mesmas árvores, os mesmos bancos, as mesmas sombras - refúgios nos dias quentes. E aqueles meninos e meninas. Eu podia me ver na garota deitada no banco com a cabeça no colo de um dos meninos. E podia ver o rosto de cada um dos meus colegas da época em cada uma daquelas outras faces jovens, adolescentes, quase crianças.  Quanta saudade eu senti, como desejei só por alguns minutos ter novamente quinze anos. Descer correndo aquelas escadas, pensar na próxima prova, fazer as contas de quantas aulas ainda dava pra matar no semestre. Depois de 1996, nunca mais fui tão feliz.

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