terça-feira, 16 de março de 2010

Nostalgia

Faz muito tempo que eu não te escrevo assim, no comecinho da manhã, mas hoje vim pensando muito em você no caminho de casa até aqui. Acho que foi mesmo um momento de nostalgia desses que a gente tem de vez em quando. Lembrei das noites em que eu acordava atormentada, com o ar faltando, perdida de tanto desejo e só conseguia dormir depois de derramar tudo em palavras escritas.

Não acordei essa noite desse jeito, infelizmente, porque é um jeito bom de perder o sono, mas tive bastate saudade desse tempo. Desse tempo de música, de sorrisos, de muito prazer e nenhum compromisso.

E agora de manhã eu percebi como vou sentir sua falta. Acho que da mesma forma que a gente costuma sentir falta de uma viagem maravilhosa e inesquecível ou de um momento mágico, porque são coisas e sentimentos que não voltam e que nunca vão se repetir da mesma forma. São únicos, só poderiam ser vividos uma vez.

Ficam, contudo, as lembranças, as sensações. Ainda posso contar um dia às minhas filhas - e às filhas delas, quem sabe? - que conheci um homem que me tirava do prumo com o olhar, que me fazia parar de pensar só de tocar meu joelho, que tinha um beijo com um gosto que eu nunca mais encontrei igual.

Quantas mulheres podem dizer o mesmo?

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